Obama confirma reforma migratória para o início de 2013
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O Presidente Barack Obama está formulando um vasto plano que visa reformular o sistema migratório dos Estados Unidos ainda no início desse ano, incluindo a possibilidade de legalização para os imigrantes indocumentados que vivem no país, publicou o diário The New York Times no domingo (13).
Obama quer avançar seus planos ao mesmo tempo em que enfrenta uma verdadeira batalha no Congresso sobre assuntos fiscais e o controle de armas e, possivelmente, divulgará suas ideias durante o seu discurso anual à nação em 12 de fevereiro, conforme previsão de legisladores e especialistas. O presidente democrata fez da reforma migratória uma das principais promessas em seu segundo mandato e disse em novembro, depois de vencer o oponente republicano Mitt Romney, esperar que um projeto de lei seja apresentado ao Congresso logo após a sua tomada de posse em janeiro.
“Nós estamos ainda avaliando as nossas opiniões, nenhuma decisão foi finalizada e, como resultado, seria prematuro especular, relatórios do contrário seriam incorretos”, disse um funcionário administrativo sênior à agência de notícias Reuters, no domingo (13).
O The Times publicou que um possível plano migratório exigiria que os imigrantes que aplicassem para a regularização de status deveriam pagar multas e impostos atrasados, mas que haveria a possibilidade de futuramente aplicar para a cidadania. O projeto de lei também exigiria que as empresas verificassem que seus funcionários estão legalmente no país e a criação de um programa de trabalhadores temporários para imigrantes de baixa renda. Além disso, o programa criaria mais vistos e aliviaria os atrasos no processamento de petições para permitir que a mão-de-obra qualificada estrangeira permanecesse no país.
Alguns analistas especulam que o plano de reforma migratória de Obama enfrente atrasos devido a conflitos no Congresso, que enfrenta datas limites importantes em fevereiro e março. Obama precisará da cooperação dos republicanos, que já reconheceram a necessidade de prestar mais atenção no eleitorado latino, um colégio eleitoral importante que votou de forma massiva em Obama e seus companheiros democratas nas eleições de novembro de 2012.
O porta-voz da Casa dos Representantes, John Boehner, disse que gostaria de ver reformar nas leis migratórias. A Casa aprovou uma proposta em novembro que permitiria a criação de um programa permanente de vistos para estrangeiros com nível acadêmico avançado em ciências e áreas técnicas.
O The Times publicou que um grupo bipartidário de senadores liderados pelo Charles Schumer, democrata de Nova York, e Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul, pretende apresentar um projeto de lei amplo ainda em março e realizar uma votação até agosto. “Isso é tão importante para ambos os partidos que nem o abismo fiscal ou armas serão obstáculos”, disse Schumer ao diário, acrescentando que as negociações estão evoluindo rapidamente.
O Senador Marco Rubio da Florida, geralmente mencionado como futuro candidato republicano à presidência, também trabalha no assunto, mas propôs tocar no assunto aos poucos ao invés de uma lei ampla. O seu plano permitiria que os imigrantes indocumentados recebessem vistos temporários e eventualmente aplicassem para a residência permanente, disse Rubio ao Wall Street Journal durante uma entrevista publicada no sábado (12).
O prefeito de Los Angeles, Antônio Villaraigosa, uma estrela em ascendência do no partido democrata, está agendado para discursar em Washington na segunda-feira (21) sobre a importância da aprovação rápida de uma reforma migratória.
“Não podemos resolver isso aos poucos e não podemos ter cidadãos de segunda categoria. Isso tem que ter um caminho que leve à cidadania plena”, disse Villaraigosa no show “Face the Nation”, exibido pelo canal de TV CBS.
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É importante ressaltar que os ventos estão soprando para que até em julho o projeto de lei sobre a reforma imigratória nos Estados Unidos da América já esteja pronto para ser discutido e votado.
Onofre Neto
Leonardo Ferreira 15/01/2013 21:58:00 Edição: 1457
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