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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

BRASIL QUER CRESCER, MAS NÃO ENCONTRA O CAMINHO

Devido a interferências constantes do governo no mercado financeiro com uma política inconstante de altas tarifas tributárias e a nítida incapacidade do crescimento do país.

                   O Brasil é a sexta economia mundial, ninguém retira esse mérito de sua grandeza, porém evidentemente está perdendo espaço para outros emergentes como o México, Rússia, Turquia e Tailândia. O Brasil continua atraente para investimentos; porém outros países como o México tem facilitado as aplicações dos investidores estrangeiros. Em 2007 o percentual de investimentos da Pimco no Brasil era de 20,3% e registrou uma queda para 7,3% no final de 2012, o mesmo acontecendo com a Black Rock com encolhimento das aplicações de 20% em 2011 para 13% em 2012. No ano de 2010 com o intuito de conter a supervalorização do Real o governo aumento de 2% para 6% a alíquota de imposto sobre operações financeiras, engessando as aplicações de renda fixa no longo prazo.
                  Esse emagrecimento de investidores estrangeiros no Brasil diminuiu a capacidade de financiamento no mercado interno por intermédio da bolsa e do próprio governo através de seus títulos públicos. Este posicionamento do país fez com que houvesse uma queda de 16,7% em 2009 para 11,6% no final de 2012, registrando o patamar mais baixo desde 2005. Este quadro mostra a perca do Brasil de investidores dos fundos focados na América Latina de 65% em 2010, 2011 para 56,6% no final de 2012.
                  Evidentemente o Brasil tem problemas estruturais dos quais precisam serem solucionados e necessita viabilizar a entrada dos capitais voláteis que residem nas mãos dos investidores que procuram em cada país as melhores taxas e segurança para seus capitais viajarem e voltarem a seus domicílios mais gordos. Cabe a política monetária e cambial reconhecer o caminho e constituir um equilíbrio entre o custo benefício dos efeitos colaterais de cada medida governamental e recompor uma política saudável com fim de garantir a sustentabilidade do crescimento do Brasil.

Onofre Neto
Fonte: Folha de São Paulo

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