A questão principal da Grécia e toda "zona do Euro" está na produão; se lembrarmos do Brasil dos anos 80/90, entenderemos que o país passou por isso; foi obrigado a cortar gastos governamentais, surgindo assim a "lei de responsabilidade fiscal", promover privatização desonerando a máquina administrativa ´do governo, capacitando as empresas com maior agilidade e eficiência e atraindo capital externo para dentro das fronteiras brasileiras, obrigando empresas nacionais melhorarem sua produtividade e qualidade, e além de tudo; produzir mais, sobretudo obter "superavit primario"; não há como a Grécia ter um aumento significativo de produção; argumentando que as américas foram exploradas pela Europa desde a séculos, pós descobrimento, justamente porque não havia como melhorar muito a produção que lhe garantisse o padrão de vida que tinham na época. No século passado os mesmo países explorados no tempo da colônia, chamados subdesenvolvidos, pagavam juros vultuosos por empréstimos que garantiriam seu desenvolvimento; o que garantia padrão de vida na Europa e nos EUA. Atualmete com a globalização a Eurozona e os EUA perdeu a entrada destes juros, diminuindo a capitalização de recursos que proporcione o padrão de vida elevado. Como promover um superavit na produção da Europa, especificamente da Grécia para que a mesma quite seus compromissos? Não precisa muito estudo de economia para perceber, nem contabilidade para entender o balanço das entradas e saídas de capital; basta saber um pouco da Grécia. Perdoada em 50% de sua divida, assumida por uma especie de fundo de amparo do Euro, o que tende a acontecer com outros paises endividados na "Zona do Euro", a Grécia continua incapacitada de pagar suas contas; quanto ao "EUA", segue com a dificuldade de crescimento econômico, sabendo que é necessário a economia americana se aquecer com algo superior ao PIB de 3% no ano em 2012; se não ocorrer esse crescimento, a estagnação evoluirá para recessão e daí teremos mais apertos financeiros globais. Isto sim será uma boa CRISE.
Veja o artigo anexo, clic nas frases em negrito.
100 bi de euros é perdoado
Publicada em 27/10/2011 às 08h03m - O Globo, com agências internacionais
BRUXELAS - Após mais de dez horas de negociações com banqueiros, autoridades de bancos centrais e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os líderes da zona do euro chegaram nesta madrugada a um acordo com os credores para reduzir a dívida da Grécia em 50%, o equivalente a 100 bilhões de euros. Com isso, o endividamento grego - atualmente em 160% do PIB - cairá para 120% até 2020.
Em contrapartida, a zona do euro oferecerá aumentos de crédito para o setor privado, no total de 90 bilhões de euros. A meta é completar as negociações do pacote até o fim do ano, para que a Grécia obtenha um segundo programa de ajuda antes de 2012.
O acordo para beneficiar a Grécia fez as bolsas na Ásia fecharem em alta. O índice Nikkei, de Tóquio, subiu 2,4%, e as bolsas de Seul, Hong Kong e Taiwan se valorizaram 1,46%, 3,26% e 0,39%, respectivamente. Xangai teve alta de 0,34%. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, saudaram o desfecho da negociação:
- Acredito que ficamos à altura das expectativas e fizemos o que era preciso pelo euro - disse Merkel.
- Estas são medidas excepcionais para tempos excepcionais. A Europa não deve voltar nunca mais a se encontrar nesta situação - disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, após o encontro.
Os líderes também alcançaram um acordo para aumentar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (Feef), de 440 bilhões de euros, para um trilhão de euros. O Instituto de Finanças Internacionais (IIF), que representa os grandes bancos, saudou o acordo e afirmou que quer trabalhar com a Grécia.
- Em nome do setor privado, o IIF está de acordo em trabalhar com a Grécia, com as autoridades da zona do euro e com o FMI para desenvolver um acordo voluntário e concreto sobre a base firme de uma redução de 50% da dívida nacional grega - declarou Charles Dallara, diretor do Instituto.
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