O Brasil pode crescer exponencialmente no mercado global de forma rápida e sustentável; basta para tanto dar iniciativa a abertura de mercado oferecendo condições da participação do país no mercado global. As exportações do Brasil embora sejam grandes, podem ser mais qualificadas, menos burocráticas e mais agressivas no quesito de estar na prateleira ou mesmo como produto de escolha do consumidor no mercado externo. As exportações brasileiras alcançaram em 2014 o patamar de 11,5% do PIB – Produto Interno Bruto = soma de bens e serviços produzidos pela nação – abaixo da média global que é 29,8%. O modelo escolhido pela política brasileira é absorver no mercado interno sua produção, aquecendo a economia – mesma política dos Estados Unidos = 13% do PIB – porém o tamanho da economia americana é enorme, tendo uma fatia de 10% do mercado global, enquanto a fatia do Brasil nesse mercado não passa de 1,2% conforme informa a OMC. Essa política - aquecimento da economia interna - é questionada no que tange à motivação de um produtor; pois enquanto recebe incentivos e proteção dentro do país, não aprimora a qualidade para a competitividade no mercado externo é o que observa a OMC, UE e Japão - enquanto um país concede incentivos fiscais dentro, impede a participação do produtor externo no local, e contabiliza a incapacidade de competição dos domésticos no mercado global - induzindo a uma economia nanica sem sustentabilidade. Para espantar o atraso no avanço da economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff procurou dinamizar uma política que force o país a crescer e participar mais do mercado externo. Segundo a presidente, a partir de agora o mercado externo estará no topo de sua agenda; acrescentando que “não se trata de uma contradição entre querer fortalecer o mercado interno e ampliar o mercado externo”. O governo lançou em junho de 2015 o Plano Nacional de Exportações que vigorará até 2018 com estrutura nos pilares: 1) Acesso a mercados, 2) Promoção comercial, 3) facilitação do comércio, 4) Financiamentos e garantias, 5) Aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários que apõem as vendas externa. Tais medidas são esperadas desde janeiro de 2015, porém fortemente afetada pelo ajuste fiscal comandado pelo ministro da fazenda Joaquim Levy. Ainda assim as exportações terão um acréscimo de US$15 bilhões para aprovação de novas exportações, visando principalmente a expansão da participação no mercado externo de pequenas e médias empresas brasileiras. Os parceiros prioritários do Brasil na parte de acesso a mercados, figuram: 1) Estados Unidos, 2) México, 3) Chile, 4) Peru, 5) Colômbia, 6) União Européia, 7) China. O Brasil pode crescer exponencialmente no mercado internacional; tendo em vista que 97% de consumidores globais se encontram fora das fronteiras brasileiras.
A esperança
da presidente Dilma Rousseff é que a participação intensa do Brasil no mercado
global possa induzir a geração de empregos doméstica – para cada U$1 bilhão
exportado = mobilização de 50 mil trabalhadores – avaliação de Armando Monteiro,
ministro do desenvolvimento; segundo a presidente, a economia encontrará
naturalmente o caminho para o crescimento e desenvolvimento sustentado que é o
resultado almejado. Essa é nossa resposta como estratégia para voltarmos a
crescer e colocar o Brasil em um espaço importante na economia global espantando a crise que ronda todas as economias do globo, inclusive a brasileira.
Onofre Neto
Economista,. Empreendedor
e consultor de investimentos imobiliários
RENATA AGOSTINI - DE SÃO PAULO - 28/07/2015